"Os cientistas admitem, mesmo sem comprovação definitiva, que o nosso planeta tenha se formado há cerca de cinco bilhões de anos e que a vida, em sua forma mais primitiva, tenha surgido um bilhão de anos depois. Foi, no entanto, há apenas quinhentos milhões de anos que ocorreu a 'explosão' da vida nos mares e, bem mais tarde, cerca de 250 milhões de anos, os primeiros vertebrados deslocaram-se para a terra firme, quando surgiram os répteis e os primeiros mamíferos."
Este é o conceito que nos traz o autor Cláudio Vicentino sobre o início dos tempos e o surgimento da vida. São conceitos como este, científicos e próximos da realidade, que pretendemos trazer a vocês nesta nova seção do NCL, inaugurada hoje.
Esta postagem inicial visa apenas trazer o método que iremos usar e os motivos que nos fizeram criar este tópico.
À princípio foi um desejo meu, amante da História e do conhecimento, mostrar o real por trás do mito. Pois diariamente acreditamos, mesmo aqueles que são menos leigos nos assuntos em geral, em estórias e fatos inverídicos sobre diversos aspectos de nosso mundo, cultura e fenômenos.
A ideia ficou guardada no arcabouço e foi regada por duas matérias em particular que fizeram-na florescer e cá estou para expô-la ao mundo.
Apresentarei a vocês em primeiro lugar o texto escrito por Alex Castro, no
Papo de Homem.
Trarei apenas dois trechos da matéria Nostalgia da Varíola, mas para aqueles que desejarem ler na íntegra, o link está na postagem.
O primeiro:
"[...]
ser branco rico no Rio do século XIX era melhor do que ser favelado pobre no Rio de 2013, mas os brancos ricos da época caberiam num único condomínio de luxo hoje: eram pouquíssimos.
Não faz sentido comparar a situação da população média de hoje com a dos 0,3% mais ricos de antigamente – e, mesmo assim, seus indicadores de saúde seriam piores que os dos favelados atuais."
O mesmo vale para aqueles que falam que gostariam de viver na época da monarquia, por exemplo, sem pegar seu livro de História - mesmo aquele bem velho do Ensino Fundamental - e ler alguns capítulos sobre como era a vida da população naquela época. Aquela época era de tal modo bruta que nem o amor era capaz de juntar um príncipe e uma plebeia e, quando acontecia, a mulher não era aceita pela sociedade, nem mesmo pelas camadas mais pobres e eles não governavam 'com o coração'. Naquele tempo mesmo os reis e rainhas viviam à mercê de doenças 'incuráveis' pela falta de conhecimento e de higiene.
No entanto essas críticas à monarquia é assunto para uma outra postagem. Então avancemos para o segundo trecho:
"
Literalmente em quase todo e qualquer indicador que possamos pensar e mensurar, seja objetivamente ou subjetivamente, o presente ganha do passado de goleada.Literalmente em quase todo e qualquer indicador que possamos pensar e mensurar, seja objetivamente ou subjetivamente, o presente ganha do passado de goleada."
É um costume antigo que muitas pessoas têm de falar que "Antigamente era melhor", sem perceber que suas memórias estão se modificando para se adequar ao que você quer pensar, no entanto veremos ao longo da nossa seção Desmascarando a História que "antigamente" não era tão bom quanto nossos velhinhos fazem parecer.
Outro tema que despertou a minha adormecida vontade de criar essa seção foi a "Escola de Princesas", que Marina Franconeti do
Fashionatto nos apresenta junto com suas críticas.
"
A cada dia, a exigência para que a criança seja um mini adulto se torna ainda mais presente. A menina, desde cedo, deve se acostumar com a ideia de que só será feminina e aceita pelos demais se usar um vestido, se for magra. Esquece-se que a infância existe exclusivamente para a criança descobrir o mundo no qual está inserido, sem a pressão de ser uma adulta desde cedo."
No texto ela aborda alguns temas que estão presentes em nossa sociedade, como o fim da infância, o modo como as crianças estão se preocupando cada vez mais cedo em ser adultas, além de alguns pontos como, em pleno século XXI, ainda existir a ideia de que o matrimônio tem de ser o sonho de toda mulher. Ela nos traz as princesas da Disney e como Merida, do filme Valente, está revolucionando os ideais que os desenhos carregam.
"´[...]
Ou seja, todas são princesas que possuem uma postura admirável, mas com algumas limitações. Diante disso, Merida ainda é a princesa mais diferente das outras: uma menina que aprende rápido a lidar com as expectativas de todo um reino tendo a coragem de impor o que deseja realmente ser."
Encerramos por aqui a introdução ao nosso novo tópico, tendo deixado alguns trechos dos assuntos citados e o link para aqueles que tiverem a curiosidade de ler a íntegra.
Citamos:
A Pré-História, Os primórdios da humanidade - História Geral, Cláudio Vicentino. São Paulo: Scipione, 1997.